quinta-feira, 25 de junho de 2015

Inserindo a pequena no francês

Uma dúvida muito grande que eu tinha em relação a levar uma criança para passar um tempo no exterior era a questão da língua. Preocupava-me (preocupo-me) com a inserção na escola, em especial, visto que ela será um ambiente obrigatório para eu poder estudar. A primeira coisa que fiz foi matriculá-la em uma escola no Brasil, pois não queria que a primeira experiência dela fosse em outro país, outra língua, não queria exigir demais da pequena. Mas, ficava a questão, será que eu devo falar em francês com ela? Pesquisei, perguntei a quem passou pelo mesmo, e todos diziam que antes de estar no país a outra língua não fazia sentido, então havia uma recusa por parte das crianças. Todos também diziam que no outro país em torno de 2 meses eles já estavam falando, sem problemas, que o início era mais difícil. Isso eu percebi nas poucas vezes que tentei falar em francês, Liv dizia que não queria.

Bom, para não ficar sem fazer nada, baixei alguns desenhos em francês, aplicativos com "comptines" (músicas do folclore), e recentemente encontrei na Livraria Leitura alguns livros infantis em francês. Então, ela se diverte assistindo desenhinho, gosta de assistir as comptines, canta as músicas em francês (do jeito dela) e eu fico mais tranquila porque ao menos o ritmo da língua ela está vivenciando. Ela sabe nomear algumas coisas e acredito que o sentido dessas coisas virá com a vivência no cotidiano. Mas, são cenas dos próximos capítulos. Eu não costumo traduzir os desenhos, pois eles são bem auto-explicativos...os livros eu traduzo a primeira vez que leio (ou explico a história) e depois fico contando em francês mesmo. Ela presta atenção e não fica irritada por ser em outra língua (ainda bem!).

Os aplicativos de celular que ela mais curte: Chansons (que redireciona para o youtube as comptines, e por isso só funciona com internet); Comptines (que funciona offline, mas precisa comprar para abrir todas as músicas; eu comprei e ela adora); Langage! (um aplicativo de formar frases. Cada vez que ela clica o aplicativo fala a palavra e quando a frase é formada aparece uma animação com a frase que ela fez - exemplos bizarros como "la banane danse avec le broccoli entre deux vaches").

Este livrinho é muito lindo, fala sobre amor materno...uma raposa-criança que está de mau humor e diz que ninguém a ama. A mamãe diz que o ama, independente do que aconteça, mesmo que ele vire um besouro, um urso ou um crocodilo :)

Uma das aquisições na Livraria Leitura (RioMar - Recife)

Um dos exemplos das comptines que baixei para a Lívia, você pode encontrar aqui: https://www.youtube.com/watch?v=fzxYjZv7M0Q

E, fica para os próximos capítulos a inserção na língua... ;)

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A novela do visto francês - Pt. I

Vamos por partes. A primeira coisa que você deve saber é que uma estadia de até 90 dias em território europeu pode ser feita sem visto. A partir disso é necessário passar pelo processo todo. Caso você seja estudante (graduação, mestrado, doutorado...) deve fazer o procedimento inicial no Campus France. Alunos de pós-doutorado são considerados pesquisadores, não mais estudantes. Por isso, o processo deve ser iniciado no site da Embaixada Francesa. O procedimento é, teoricamente, simples. Você reúne os documentos - originais e cópias, agenda um rendez-vous no consulado referente ao seu Estado (no meu caso, a Paraíba é atendida em Brasília), vai no dia agendado, leva os documentos e pronto. Você vai, basicamente, precisar de: 1) Formulário de longa estadia preenchido (tem no site); 2) passaporte com validade de mais de 6 meses além da data da viagem; 3) fotografia 3x4 sem data; 4) Documento comprovando alojamento nos 3 primeiros meses; 5) Convention d'accueil (um documento dado pela instituição atestando que vai receber você), assinada e carimbada pela préfecture de police. Para familiares as mesmas coisas, adicionando um documento que comprove os laços (certidão de nascimento, certidão de casamento) e, no caso de menores, autorização para residir na França caso a criança vá apenas com um dos pais (meu caso!). 

Antes da novela, um parêntesis. Os passaportes das crianças menores de 1 ano valem apenas por 1 ano. A partir de um ano eles duram o dobro da idade (um ano, passaporte vale dois anos), até completar os 3 anos e o passaporte durar o tempo normal de 5 anos. Minha pequena, com 3 anos, já está no 3o passaporte. O anterior dela venceria em dezembro deste ano, mas com essa exigência de "validade de 6 meses além da data da viagem" optei por fazer um novo e aumentar a coleção dela. Ainda sobre as crianças: os menores não precisam ir junto no consulado! Ainda bem, imaginem ter que ir em Brasília num bate-volta com a pequena. Dá preguiça só de pensar.

Então, a novela começou há 3 meses atrás (precisamente, dia 17 de março) quando resolvi que iria fazer o pós independente de bolsa. Incentivada por minha irmã e mãe, iniciei os procedimentos para dar entrada no visto com a ilusão ideia que em julho estaria com tudo pronto. Enviei um e-mail ao meu supervisor solicitando a "convention d'accueil", agendei o rendez-vous no consulado pra final de abril e esperei. O professor me respondeu passando a bola para um aluno dele de doc-sanduiche (gratidão, Flávio!) e para a secretária, porque ele não sabia o que fazer. A secretária, depois de muitas idas e vindas, mandou uns formulários para eu preencher. Chegou final de abril e os tais formulários deveriam ser aprovados na reunião do Centro. Férias de Páscoa. Adio o RDV. Início de maio minha ida é aprovada pelo centro e o dossiê segue para a sede da instituição. Muitos e-mails depois, com pedidos de novos dados, o tal documento chega, em junho (!!!), no lugar final. Depois de aprovado pelo centro em que vou estudar; aprovado pela sede; depois de enviar muitos documentos para completar o dossiê; o documento segue no começo de junho para a préfecture de police a fim de ser assinado e carimbado. Depois disso, ele voltará para a sede, é encaminhado ao chefe e só depois o chefe de lá envia para mim. Adiei o tal RDV no consulado mais de 3 vezes e ainda existe a possibilidade de precisar remarcar. Nessa altura do campeonato, ainda estou sem saber se poderei cumprir os prazos combinados com a CAPES porque o tal documento francês parece estar longe de chegar. Vivo mandando e-mail ao pessoal de lá, de forma bem educada, lançando um "pardonnez-moi de vous déranger", mas a coisa caminha bem devagar, viu? Alô, burocracia francesa, estou entendendo bem o porquê falam tanto de você! Oo

Entenderam o trâmite burocrático? Já estou na novela há mais de 3 meses! Imaginem se eu tivesse deixado isso para depois do resultado da bolsa...só conseguiria viajar no ano que vem! Dedos cruzados para receber boas notícias amanhã.

Lição número 4: se o seu pós-doc é na França, antecipe o pedido da convention d'accueil, por via das dúvidas.

sábado, 20 de junho de 2015

Pós-doutorado no Exterior - Bolsas CAPES e CNPq


CAPES e CNPq são as duas principais agências de fomento à pesquisa e pós-graduação do país. Ambas são do governo federal, mas existem agências estaduais (como a FAPESP) e outras privadas que oferecem também bolsas de estudo. Primeiramente, mais do que qualquer coisa, devo dizer: leia os editais! É, isso mesmo, leia uma, duas, três, quatro... “trocentas” vezes, leia quantas vezes for necessário. Uma coisa que percebi nas minhas andanças pelos sites é que as dúvidas mais comuns giravam em torno de coisas que seriam facilmente respondidas se os editais fossem lidos com cuidado (ééé, isso mesmo! Leia!) ou de questões relacionadas a elaboração mais específica do projeto. Bom, basicamente, para as duas agências, você vai precisar de um projeto, de uma comprovação de que foi previamente aceito pelo orientador no exterior (carta-convite ou e-mails trocados que mostrem interesse), de uma comprovação que está concluindo o doutorado (no caso da CAPES, precisa da ata de defesa ou diploma), de uma declaração do orientador de que o seu conhecimento na língua é suficiente e currículos (seu e do orientador).  O projeto no CNPq não tem normas explícitas, mas a CAPES pede: Projeto de Pesquisa em Português, com um máximo de 15 páginas, fonte modelo Times New Roman 12, espaço 1,5 entre linhas, contendo, como referência: 1) Título; 2) Resumo; 3) Introdução e Justificativa; 4) Objetivos com definição e delimitação do objeto de estudo; 5) Metodologia; 6) Relevância da realização da pesquisa no exterior; 7) Plano de atividades; 8) Cronograma de execução; 9) Referências Bibliográficas. A quem pretende submeter nas duas agências, recomendo fazer logo nas normas da CAPES. Se o seu projeto for em “área prioritária”, submeta através do “Ciências sem Fronteiras (CsF)”. Como não era meu caso, submeti de forma individual para ambas instituições. Os títulos das seções recomendados pela CAPES me parecem auto-explicativos; minha recomendação é deixar bem claro, gritante e bem argumentado o porquê de você querer fazer o tal Pós-doutorado fora do país – no meu caso, foquei na importância do grupo de pesquisa parisiense na minha área específica e nos impactos que minha inserção lá geraria no Brasil (no caso, meu trabalho por aqui). Vi muitos indeferimentos por questões de currículo (meu maior medo!) e também por constatação dos avaliadores que a pessoa poderia desenvolver o projeto no Brasil (então, precisa convencer o avaliador que só no exterior você conseguirá cumprir bem os seus objetivos).

Como é possível observar no site de ambas as agências, existem cronogramas anuais regulares (3 chamadas do CNPq e 2 chamadas da CAPES) e você deve submeter na chamada correspondente ao mês que pretende iniciar o pós. Para iniciar em agosto de 2015 eu precisava submeter a proposta no final de 2014 e teria a resposta em abril/maio sobre a concessão (ou não). Importante lembrar que a CAPES exige que o candidato já tenha concluído o doutorado para submeter proposta; O CNPq, por sua vez, permite que ele submeta sem ter defendido, mas a bolsa só será implementada quando ele comprovar a defesa, claro! Dia 30 de outubro de 2014 eu submeti as propostas e iniciou-se a longa espera. No Brasil o ano de 2015 inicia aos trancos e barrancos, orçamento menor, atrasos e mais atrasos de repasse de recursos, comecei a me preocupar em excesso. Estava vivenciando de perto os impactos orçamentários nos projetos institucionais, vi que a bolsa poderia não rolar, fiquei super preocupada porque já tinha investido muito esforço, dinheiro, neste projeto. Por isso, com o apoio da família, decidi pedir auxílio a uma prima minha que mora em Paris, ela permitiu que eu dividisse apartamento com ela e, assim, decidi que iria mesmo sem bolsa, apenas com o salário de servidora pública que, convertido em euros, vira muito pouco...mas o sonho era maior! Fiz as contas e vi que daria para pagar as contas principais; não teria luxo nem poderia passear, mas estava muito disposta a fazer isso. Mudei para a casa dos meus pais, para deixar de pagar aluguel e conter os gastos (gratidão!), em abril de 2015, com o firme propósito de sair em agosto.

Enquanto isso o CNPq mantinha no site “processo em análise pelo CNPq” e você não sabe de nada do processo. Eles não enviam e-mail, você apenas aguarda. O resultado estava previsto para sair dia 15 de abril de 2015 e foi adiado para o dia 30 de abril de 2015. Eu vivia ansiosa, entrava no site todos os dias, e dia 30 (ironicamente, no meu aniversário!) recebi a notícia que não teria bolsa do CNPq. Segundo eles, o projeto tinha mérito, mas eu não tinha sido classificada na quantidade de bolsas que eles liberaram. Apenas 03 bolsas para o Brasil inteiro (na área de Psicologia), cujos contemplados eram doutores há mais de 10 anos, um deles com dois pós-doutorados, e eu fiquei pequena diante disso. Chorei. Recebi um abraço carinhoso do meu pai durante o choro. Ele me dizia com o abraço que ia dar certo, que eu não precisava me preocupar... Eu pedi reconsideração do CNPq, mas ainda não tenho notícias sobre isso, apesar de achar que não vai dar em nada, visto que o problema não estava no projeto, mas na falta de dinheiro. Eu já imaginava. O CNPq estava dando prioridade às “áreas prioritárias” do Ciências sem Fronteiras (CsF), Psicologia não faz parte da lista e, por isso, são concedidas tão poucas bolsas. Bom, o resultado não me fez duvidar da minha capacidade, entendi que não foi falta de mérito, fiquei triste, claro, mas logo superei pensando que por mais difícil que fosse, era algo que eu desejava muito e iria fazer funcionar.

A CAPES, por sua vez, tem um acompanhamento do processo que permite saber ao menos a etapa em que o projeto se encontra. Inicialmente dizia “processo recebido. Aguarde comunicação da CAPES”; depois foi “Processo em análise de mérito. Aguarde comunicação da CAPES”; e em abril de 2015 ele mudou para “Processo aguardando parecer final da CAPES. Aguarde comunicação”. Ele passou na análise de mérito e agora poderia ser deferido ou não, o que iria depender da classificação, orçamento... Tentava decifrar o que a frase queria dizer, mas não tinha o que fazer, o negócio era esperar porque não havia indicação nenhuma do resultado. O resultado estava previsto para a primeira quinzena de maio de 2015 e eu estava ansiosa, pouco confiante, mas feliz porque imaginava que a CAPES não iria atrasar o resultado e em duas semanas eu saberia se ia apenas com meu salário ou com bolsa para Paris. Viver de pão ou de vinho. Passear nos parques gratuitos ou passear pela Europa. Comer no bandejão da universidade ou na Champs-Elysées (hahaha :P). As duas opções pareciam-me igualmente fascinantes. Aguardei e dia 15 de maio adiaram o resultado para “junho”. Pronto, o pânico se instalou. Foi o mês mais longo dos últimos tempos, eu estava cada dia mais preocupada, euro subindo e meu salário valendo menos, liguei inúmeras vezes para capes, enviei e-mails, e todos pediam paciência, diziam estar aguardando as decisões orçamentárias. Fiquei estressada de verdade, muito ansiosa...

Somente no dia 18 de junho de 2015 saiu a lista dos aprovados e eu consegui! (beijo, capes :*)Dessa vez o choro foi de alívio... O status agora é: “Aguardando parecer da CAPES. Aguarde comunicação da CAPES”, e logo deve ir para “Processo deferido”. Depois da lista, a gente aguarda o e-mail de deferimento do processo. Neste meio tempo, enviei um documento de “confirmação de interesse” na bolsa de estudos, através do “Envio de documentos complementares”. Depois falo um pouco sobre o processo de implementação e o tempo de espera para começar a receber.

Lição número 3: áreas não prioritárias têm mais chances pela CAPES.


Ah, o pessoal do grupo do facebook "CAPES - Doutorado pleno no exterior 2015/1" fez um pequeno estudo empírico, nada científico, sobre os status da CAPES. Para quem está na agonia pode aumentar mais ainda ou se sentir confortado pelo fato de que ninguém sabe de nada. Na minha vivência o tal gráfico deu certo, rsrs, mas sei lá, dizem por aí que os técnicos possuem um prazer sádico em mudar status só para gerar essas discussões em candidatos ansiosos e que não leva a lugar nenhum. A título de curiosidade, segue a análise:

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Vamos para Paris!


Há muito tempo quero gritar ao mundo que vou fazer um pós-doutorado em Paris levando minha pequena de 03 anos! Mas, não queria dizer nada sem antes ser oficial, então esperava a publicação das portarias me liberando, apesar de já ter essa certeza há um bom tempo. Busquei, durante um tempo, locais pela internet em que pudesse ter informações sobre tudo, sobre como seria ir sozinha com uma criança passar um ano em outro país. Encontrei alguns sites que me foram úteis em alguns aspectos, não em outros, reuni informações e coragem para decidir. Criei este blog, há algum tempo atrás, que seria para, futuramente, reunir essas informações para ajudar outras pessoas.

A história começou com uma paixão que nasceu por Paris quando a visitei pela primeira vez em abril de 2013. Nunca fui aquela pessoa doida para conhecer Paris (era mais louca para conhecer Londres), mas confesso que me apaixonei por toda aquela melancolia e história que ronda o lugar. Combinei com meu companheiro na época que iríamos, no próximo ano, passar um mês para viver intensamente aquela cidade. Isso não aconteceu. Poucos meses depois a gente se separou e, junto com o luto de uma relação que findava, surgia a necessidade de buscar um sonho meu, sonho antigo, que desde a graduação alimentava – mas que não tinha condições de realizar -, a realização de um intercâmbio. Paralelamente a isso, meu doutorado caminhava em direções teórico-epistemológicas que foram consolidadas em um grupo parisiense do Conservatoire National des Arts et Métiers (CNAM) comandado pelo professor Yves Clot. Enviei e-mail a ele e descobri, meio à força, que eles não respondem e-mail tão facilmente. Mandei e-mail, então, a outro professor, da UFRN, que havia feito um pós-doutorado naquele grupo e fui informada que naquele mês o professor estaria em Natal e eu poderia conversar com ele.

Há-há. Fui ao evento. E só conseguia falar “je n’ai pas compris” [eu não entendi], com um francês enferrujado do meu tempo de adolescente. Ele não falava inglês, nem espanhol, e me disse em um francês (que eu pude compreender) que não poderia fazer pós-doutorado sem falar francês (óbvio, né? =/). Era outubro de 2013. Entrei em pânico. Voltei para casa meio derrotada, busquei um professor particular de francês e decidi que iria à Paris ter uma reunião com ele, para que ele pudesse ver meu esforço e meu desenvolvimento. Meus pais compraram minha ideia, agendaram a passagem comigo e em abril de 2014 lá fui eu – levando minha prima francesa junto, claro, hahaha – para o rendez-vous com o professor. Depois das apresentações, introduzi um “je vais essayer de parler” e tentei com um francês em evolução manter minimamente uma conversação. Ele notou meus esforços, meu crescimento, pediu que enviasse meu projeto e disse que, estando tudo ok, eu poderia fazer o curso com ele! Foi uma reunião excelente, ganhei até um livro dele, e saí satisfeita com a possibilidade. O plano era ir em março de 2015, mas devido ao início do semestre e ao fato da escola pública gratuita iniciar quando a criança tem 3 anos de idade [assunto para outra hora], resolvi que iria em agosto de 2015.

Retornei ao Brasil e li, li, li. Defendi meu doutorado. Li, li, li. Enviei meu projeto em julho de 2014 e em setembro de 2014 ele respondeu dizendo que recebeu (pois é...esqueci que julho e agosto são as férias de verão!). Em outubro recebi seus documentos (dentre eles, a carta-convite) e submeti pedido de bolsa de estudos para Capes e CNPq [detalhamento que vem depois]. Vejam só que o processo todo, desde a decisão até toda organização e ida definitiva, durou quase 2 anos. Foi um planejamento de médio prazo, tudo muito desejado, com muita (MUITA!!!) dedicação envolvida, porque não foi fácil lidar com tantas mudanças, burocracias, sem ter, de fato, certeza absoluta que iria se concretizar...

Post muito longo, por isso... Lição número 1 para quem quer fazer pós-doutorado no exterior: busque um grupo para se inserir, pois será preciso uma carta-convite da instituição/orientador para submeter propostas de bolsas. Lição número 2: nem sempre as coisas são tão rápidas quanto a gente deseja.